sexta-feira, 22 de agosto de 2008

98 - UMA AVENTURA NAS ÁRVORES - O CASO DA BANDA MUNICIPAL

De todos os problemas que enfrentamos para colocar a peça em cena, a voz que se fez ouvir mais alto contra o projeto veio justamente do lugar menos esperado: a diretora do Auditório Araujo Vianna, senhora FULANA DE TAL (vou procurar o nome porque esqueci como se chamava a bisca), justamente funcionária da Secretaria Municipal da Cultura. O seu comportamento prepotente e suas atitudes grosseiras foram surreais.
Ensaiando e apresentando um espetáculo em pleno parque era lógico que sentíssemos necessidade de uma base. Precisamos basicamente de duas coisas: um lugar onde guardar objetos de cena de um dia para o outro e a possibilidade de usar o banheiro do Auditório, um ilustre mausoléu atirado as traças naquela época. Ela negou. Seria impossível.
Na época era diretor da banda municipal o Sr. Cláudio Nunes, que gentilmente autorizou que usássemos uma salinha da banda para deixar nossas coisas. Ele assumiu autorizar o que ela havia negado. Aí a relação, que não era boa, azedou.
Numa das nossas manhãs de ensaio, acometido por uma necessidade urgente de usar o banheiro, corri ao Araújo Vianna, pedi licença para usar o banheiro. A resposta foi que "a diretora havia terminantemente proibido o uso dos sanitários pelas pessoas do teatro". Apertadíssimo, forcei a passagem e me autorizei a usar o banheiro.
Dias depois recebemos um comunicado do Fumproarte avisando que a Banda Municipal não poderia mais apresentar-se junto ao espetáculo, porque de acordo com o artigo tal, da lei tal, do regimento tal, era proibido que um espetáculo financiado pelo Fumproarte se beneficiasse de outro departamento também ligado a prefeitura.
Quem vocês acham que seu ao trabalho de pesquisar e encontrar este item do regimento?
Pois é, assim a diretora do Araújo Vianna sentiu-se vitoriosa ao retirar a Banda da peça. Fizemos as três primeiras apresentações com a participação maravilhosa da Banda Municipal e outras cinco sem. Tem algumas pessoas que são tão distantes da cultura que não se entende como vão parar justamente na pasta da Cultura. Esta senhora continua lá até hoje. Tomara que nunca mais em função importante que lhe dê algum poder para destruir onde outros estão construindo.