
Ingenuamente não percebemos a loucura que estávamos cometendo e que só foi corrigida na ano seguinte quando passou-se a encenar um peça por ano e não por semestre. Mas, em 1999, primeiro ano de oficinas a coisa aconteceu semestralmente.
No final do primeiro semestre estreou FLOR DE OBSESSÃO. Pequenos recortes da obra literária de Nelson Rodrigues. Recortes que foram retomados anos depois quando lançamos os esquetes do Projeto Nelson Despedaçado.
No segundo semestre iniciou uma nova turma. E foi encenada uma nova peça. Em janeiro de 2000 estreamos VEREDA DA SALVAÇÃO de Jorge Andrade. A peça iniciava nossa Trilogia Religiosa, que se completaria com O PAGADOR DE PROMESSAS, de Dias Gomes e AUTO DA COMPADECIDA, de Ariano Suassuna. Pretendíamos investigar o sincretismo religioso brasileiro. As três peças faziam parte de um projeto maior que chamávamos de Projeto Teatro Brasileiro, cujo objetivo principal era pesquisar os ícones formadores da chamada "brasilidade".
Vereda da Salvação era um luxo. Espetáculo de baixíssimo custo e altíssimo resultado. Consideramos VEREDA DA SALVAÇÃO até hoje como um dos melhores trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo.
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