sexta-feira, 13 de junho de 2008

98 - UMA AVENTURA NAS ÁRVORES - O ESPAÇO

"O Barão nas Árvores" foi uma experiência magnífica. Uma experiência que dividiu-se em muitas. Pra começar estávamos delimitando uma nova forma de fazer teatro: o teatro-na-rua. O teatro que, como o teatro-de-rua é realizado na rua, mas que depende como cenário de um determinado local, sem o qual sua concepção ficaria diminuída ou alterada. Pesquisávamos uma relação com o espaço. O espaço-cenário. O espaço enquanto arquitetura e significado relacionando-se com o teatro, influenciando e sendo influenciado por este. O Teatro da Vertigem tinha realizado sua primeira experiência com O Paraíso Perdido, em 1992. Em 1995, O Livro de Jó estava em cartaz num hospital de São Paulo nos mesmos dias e horários em que apresentavámos o nosso "Decameron" no subsubsubsolo do Teatro Ruth Escobar. Eu não pude assistir o espetáculo, mas ele era a sensação e o assunto do momento. No meio cultural, bem entendido. O Barão nas Árvores coloca-se, assim, como mais uma experiência no mesmo sentido. Havia uma tendência no ar. Eu tinha lido uma matéria numa revista falando das pesquisas que estavam sendo realizadas na busca de novos espaços para colocar o produto cultural. Isto vem sendo feito há muitos anos pelas chamadas artes plásticas ou artes visuais e com algumas experiências de grupos da Austrália, Espanha, alemanha e Canadá. Cada um visualizando uma nova maneira de propor o acontecimento teatral diante da platéia. O nosso espaço era sobre as àrvores.

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